Varandim Ecológico

16 de julho de 2011

JARDINS NA CIDADE - PORTO


Os jardins circunscritos aos grandes centros urbanos são lugares de referência a autênticos santuários ambientais que funcionam como um pulmão no meio da poluição citadina.


Eles são o reflexo da relação humana com a natureza e revelam a idealização, combinada pelo prazer, desejo e aspiração do homem, do seu mundo ideal e perfeito ao longo do tempo. São verdadeiras obras de arte, quadros repletos de elementos vivos que devem ser protegidos e defendidos.


São momentos imensos de paisagem com delícias reais intemporais que encantam e perduram no coração e na memória.

4 de julho de 2011

ECO-SAÚDE – OS NOSSOS ANIMAIS




Os cães, gatos, passarinhos, peixes e tartarugas são os animais de estimação preferidos das crianças, adolescentes e adultos. Este é o Bob, o esquilo comilão da minha filha a dormir no seu ninho. Ela trata dele como se fosse um bebé. Muitos donos de animais tratam-os como membros da família.



Quem tem um animal de estimação pode ver preenchida a necessidade de ter alguém com quem conversar ou com quem estar, assim como terem uma ligação activa com a natureza.


O meio ambiente nas grandes cidades, a poluição, podem causar isolamento, depressão, ansiedade e stress. Estudos científicos indicam que trabalhar com animais pode ser uma boa terapia. As pesquisas mostram que a relação homem-animal oferece grandes benefícios e os individuos mostram maior empatia pela natureza, tem menos medos e mais sentimentos positivos. As crianças aprendem a lidar com o ciclo natural da vida, desde o nascimento, o desenvolvimento, a reprodução e a morte.


A presença dos animais de companhia, estimulam o desenvolvimento psicomotor e linguagem das crianças e melhoram a comunicação não-verbal, proporcionando maior autoestima, popularidade e competência social.


O apoio social é fundamental para o bem-estar psicológico e físico do homem, mas serão apenas estes os únicos seres capazes de oferecer esse apoio? Poderão os nossos animais de estimação, igualmente satisfazer algumas das necessidades sociais e contribuir para melhorar a felicidade e bem-estar dos seus donos e ou até situações físicas e específicas de saúde?


Pesquisas realizadas em indivíduos que possuem animais de companhia confirmam a existência de um vínculo emocional e a influência dos amigos de estimação sobre a saúde física e psicológica dos seus donos.
Nos estudos verificou-se que os donos eram mais activos, tinham maior auto-estima e maior certeza nas suas vidas. Outra investigação apresentou melhor cumprimento das necessidades sociais com o apoio dos animais, mais sentimentos de pertença, auto-estima e existência significativa. Outro estudo mostrou ainda a capacidade dos animais de estimação para afastar a negatividade causada pela rejeição social.


Verificou-se a presença de maiores níveis de satisfação com a saúde, a família, a relação com amigos, colegas de trabalho, a situação económica e de vida e a felicidade geral.
Outro estudo realizado descreve que os indivíduos donos de cães, gatos e outros animais de estimação mantêm uma relação tão estreita com as pessoas importantes da sua vida como para os seus animais.

Segundo Allen McConnel, os indivíduos com animais de estimação "tem mais Qualidade de Vida”, maior bem-estar, eram mais felizes, mais saudáveis e ajustados, e tendem a ser menos solitários, mais conscientes, extrovertidos e menos receosos e preocupados.


Os animais de estimação favorecem os seus donos ao nível psicológico e físico, representando um importante suporte social". Em resumo, os animais podem servir como importantes fontes de apoio social, proporcionando benefícios psicológicos e físicos positivos aos seus donos.


Fontes:
Raina P, Waltner-Toews D, Bonnett B, C Woodward, Abernathy T. Universidade de Guelph, Canadá.
McConnell, Allen R.; E. Colleen Martin,; Brown, Christina M.; Shoda, Tonya M.; Stayton, Laura E. Journal of Personalidade e Psicologia Social, 2011



29 de junho de 2011

ECO-SAÚDE E HORTICULTERAPIA


A Horticultura é uma arte combinada com a ciência e a experiência de saber criar e fazer a manutenção das plantas em harmonia com a natureza. A Horticultura e a jardinagem têm vindo a ser aplicadas desde os tempos mais remotos, como um meio saudável para melhorar saúde do homem e como forma de reabilitação física, mental e mesmo intelectual.
A Horticultura como terapia é indicada, como um tratamento eficaz capaz de proporcionar bem-estar ao corpo, mente e espírito e a sua prática envolve actividades activas e de lazer, como a jardinagem e o cultivo de vegetais, descrito pela produção e conservação de plantas, e representado pela qualidade de vida dos indivíduos.
Estudos empíricos apontam benefícios úteis em indivíduos com ligação a ambientes com plantas quer seja através da plantação, cultivo, tratamento, quer por uma simples visualização.
Autores que se dedicam a estes estudos, (Steven and Rachel Kaplan, Elan Shapiro, Theodore Roszak, William Cahalan, Berget Bente), mostraram que certos tipos de paisagens e actividades da natureza têm efeitos positivos fazendo os indivíduos se sentirem mais estimulados em ambientes específicos (residências, escolas, locais de trabalho, hospitais, prisões).
A necessidade da natureza pelos indivíduos está ligada à exploração da natureza e à influência desta, no desenvolvimento emocional, cognitivo e até místico, realizada em integração conjunta e harmoniosa.
A satisfação do cuidar do jardim, das plantas e flores, dos frutos, legumes e verduras da horta, funciona como um processo terapêutico que assegura as necessidades básicas emocionais dos seres humanos como a confiança, independência e responsabilidade.
Na Horticultura terapêutica, os participantes procuram melhorar o seu bem-estar através do envolvimento dinâmico e mesmo passivo com plantas e com as actividades relacionadas com as próprias.
Nalguns estudos de experiências com interacções com a natureza, foram observados resultados positivos nos participantes, como o aumento da auto-estima, auto-confiança, auto-conceito, assim como o aumento dos níveis de responsabilidade e do desenvolvimento de capacidades físicas, o que indica e pressupõe, que a realização pessoal dos indivíduos resulta de certa maneira da relação que tem com a natureza.
Sugere uma panaceia para muitos males, por aumentar e melhorar a energia, a defesa e a motricidade (coordenação da mão-olho). Por reduzir a ansiedade, o stress, a tensão e estimular os sentidos pelo toque, observação, sabor e cheiro. Por melhorar a concentração e exercitar a memória, incentivando a interacção social e ajudando a consolidar hábitos de trabalho e atitudes.
Lloyd Nebbe, estende a terapia da natureza no aconselhamento e educação, na relação terapêutica e na terapia cognitiva, podendo ser utilizada no aconselhamento de crianças e jovens e em indivíduos com dificuldades de vinculação.
Pode-se concluir que existe um elo entre a actividade individual, as emoções e o mundo onde habitámos, através das formas e das cores da natureza.


20 de junho de 2011

Natureza versus Depressão

Estar próximo da natureza ou simplesmente saber que ela existe, é um factor valioso para os indivíduos. De acordo com alguns estudos a observação da natureza contribuiu para recuperar a concentração e melhorar o desempenho e a produtividade. Interagir com a natureza, para além de aumentar a adaptação ao mundo real, permite alcançar o equilíbrio, promover a empatia e gerir a capacidade de insigth, funcionando como incremento de recursos e estratégias para enfrentar o stress. Esta proximidade com a natureza, traduz-se numa visão mais positiva da vida e de maior satisfação de vida e auto-estima.
Terapias assentes na natureza, que implicam a interacção com ambientes naturais, como animais, plantas, hortas, paisagens ou desertos, apontam resultados de sucesso em sujeitos com depressão .

13 de junho de 2011

Diário da minha Horta - Compostagem

Pesquisei sobre compostagem e decidi converter os conhecimentos em acção. Comprei uns vasos de plástico e respectivas bases, além de uma outra maior para servir de tampo. Então encetei a tarefa com todo o entusiasmo … durante alguns dias, guardei no frigorífico, cascas de banana, meloa, ameixas, resto de alfaces, cenouras, tomates, casca de ovos.

Aproveitei ainda, terra de vasos antigos, saquinhos de chá e restos secos de raminhos, plantas e flores. Na superfície espalhei café e tapei com duas tampas, uma base pequena e outra maior em cima da primeira.

Contudo, se na primeira vez ao fim de quatro dias estava apreensiva quando retirei a tampa para verificar se a mesma estava húmida, como estaria da próxima que a deveria remexer. Então imaginei no que eu me estava a meter e se estaria preparada para continuar. “Vai tudo para o lixo – pensei”.

Mas não foi, porque estava como se vê na fotografia... ao fim de vinte dias. Dos restos, eram visíveis algumas cascas de ovos e ramos graúdos e quanto ao cheiro, emanava um perfume a terra, parecido com aquele quando cessa a chuva, bastante agradável. Comecei novamente a armazenar mais "cascas e restos" para o segundo vaso.

Afinal é muito fácil, muito simples e acessível. Para ficar no ponto, vou esperar pelo menos dois meses, mas tudo indica que nesse decurso o processo de fermentação se tornará mais eficaz .