Varandim Ecológico: ECO-SAÚDE E HORTICULTERAPIA

29 de junho de 2011

ECO-SAÚDE E HORTICULTERAPIA


A Horticultura é uma arte combinada com a ciência e a experiência de saber criar e fazer a manutenção das plantas em harmonia com a natureza. A Horticultura e a jardinagem têm vindo a ser aplicadas desde os tempos mais remotos, como um meio saudável para melhorar saúde do homem e como forma de reabilitação física, mental e mesmo intelectual.
A Horticultura como terapia é indicada, como um tratamento eficaz capaz de proporcionar bem-estar ao corpo, mente e espírito e a sua prática envolve actividades activas e de lazer, como a jardinagem e o cultivo de vegetais, descrito pela produção e conservação de plantas, e representado pela qualidade de vida dos indivíduos.
Estudos empíricos apontam benefícios úteis em indivíduos com ligação a ambientes com plantas quer seja através da plantação, cultivo, tratamento, quer por uma simples visualização.
Autores que se dedicam a estes estudos, (Steven and Rachel Kaplan, Elan Shapiro, Theodore Roszak, William Cahalan, Berget Bente), mostraram que certos tipos de paisagens e actividades da natureza têm efeitos positivos fazendo os indivíduos se sentirem mais estimulados em ambientes específicos (residências, escolas, locais de trabalho, hospitais, prisões).
A necessidade da natureza pelos indivíduos está ligada à exploração da natureza e à influência desta, no desenvolvimento emocional, cognitivo e até místico, realizada em integração conjunta e harmoniosa.
A satisfação do cuidar do jardim, das plantas e flores, dos frutos, legumes e verduras da horta, funciona como um processo terapêutico que assegura as necessidades básicas emocionais dos seres humanos como a confiança, independência e responsabilidade.
Na Horticultura terapêutica, os participantes procuram melhorar o seu bem-estar através do envolvimento dinâmico e mesmo passivo com plantas e com as actividades relacionadas com as próprias.
Nalguns estudos de experiências com interacções com a natureza, foram observados resultados positivos nos participantes, como o aumento da auto-estima, auto-confiança, auto-conceito, assim como o aumento dos níveis de responsabilidade e do desenvolvimento de capacidades físicas, o que indica e pressupõe, que a realização pessoal dos indivíduos resulta de certa maneira da relação que tem com a natureza.
Sugere uma panaceia para muitos males, por aumentar e melhorar a energia, a defesa e a motricidade (coordenação da mão-olho). Por reduzir a ansiedade, o stress, a tensão e estimular os sentidos pelo toque, observação, sabor e cheiro. Por melhorar a concentração e exercitar a memória, incentivando a interacção social e ajudando a consolidar hábitos de trabalho e atitudes.
Lloyd Nebbe, estende a terapia da natureza no aconselhamento e educação, na relação terapêutica e na terapia cognitiva, podendo ser utilizada no aconselhamento de crianças e jovens e em indivíduos com dificuldades de vinculação.
Pode-se concluir que existe um elo entre a actividade individual, as emoções e o mundo onde habitámos, através das formas e das cores da natureza.


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